sexta-feira, 25 de janeiro de 2008

For thousand years or more

Ontem foi a formatura de graduação de Direito da Universidade de Brasília, na qual a turma Liga da justiça se formou. Num misto de orgulho, pois conhecia muitas formandos (as) que tenho algum afeto, e tristeza (?), fui prestigia-los. Senti vontade de estar lá.
Sensaçao: Não gosto do título de bacharel, desse nome “bacharel em direito”. Bacharel todo mundo é: Bacharel em relações internacionais, bacharel em biologia, bacharel em desenho industrial. “Somos uma turma de bacharéis em direito”. Sim, mas quem não é? Eu escutaria em outras formaturas: Somos físicos, sociólogos, economistas.
Assim Direito também tem de ter um nome. Justiceiros? Não, porque justiça é virtude, não é destaque de uma graduação de Direito, pois não é nisso que adquirimos caráter. Letistas (derivado de leis)? Não, jamais. Seria o mesmo que dizer que o curso de Direito tem a lei como principal objeto de estudo, remetendo-se às noções napoleônicas. Se direito fosse lei, haveria direito em sociedades sem escrita?
Jurista, vindo do jurídico, não do judiciário. Gosto desse título, essa é a formação que desejo. Jurista, muito mais do que tecnólogo da legalidade.
Porém eu observo o currículo do curso de direito da universidade de Brasília e compreendo que minha formação nos próximos 9 (8?) semestres serão para uma formação tecnológica. Doutrina mastigada em conjunto ao vade mecum, na leitura de artigos e incisos e parágrafos únicos. Hum, que gostoso!
Ao Thiago Maciel, meus grandes parabéns por ser o jurista que você será. Espero de você grandes realizações e feitos.
Ao Diego Nardi, sinto-me fraco para manter discussões monologais. Espero pela sua volta.