Vou tentar ser racional.
Pensar na universalidade dos objetivos da sociedade para com nossos estudantes é algo de extrema dificuldade. Será que realmente eles não estão agindo de acordo com "os objetivo intelectuais"? Nardi, uma coisa que eu aprendi na UVE, ong que nós participamos, é que os processos de aprendizagem intelectual estão longe de ser exclusivos de uma sala morna, de diálogos simples. A revolta da juventude estudantil é tamanha que, se a UnB está assim, não é assim que queremos que ela esteja. Acho que, inclusive, a opinião pública não se ver "danada" ou "prejudicada" com essas atividades que perturbam de imediato a finalidade da UnB. E estamos aprendendo uns bocados com isso!
Aliás, pensar que processos democráticos são aqueles que agem sem coação/coerção é algo extremamente enganoso. A galera glorifica Gandhi por ser da paz, mas pouco entende que a coerção surge pelas mãos de outros. Gandhi não pressionava o governo inglês, ele pressionava o povo indiano e comunidade internacional para pressionar o governo inglês. E cá entre nós, a liberdade negativa dos ingleses foi bastante suprida.... "Gandhi, seu extremo autoritário!" ¬¬
E volta-se a questão do nexo causal: Na UnB, corre-se milhões de reais. Os estudantes quase acabam com 10 mil reais? Eu poderia muito bem falar "é algo insignificante". Mas mentira, 10 mil reais da palestra canadense é dinheiro pra caralho mesmo. A hora aula de um professor que tava dando aula na UnB é em torno de 80 reais. Pense na quantidade de dinheiro gasto.
Eu ainda acredito que a greve dos estudantes é algo bastante democrático.
No mais, acho o discurso de quem se diz contra a greve dos estudantes extremamente de mau gosto quando toma o movimento estudantil nas décadas de 1970 e 1980 como se fossem geral. Esquecem eles que havia uma massa imensa de estudantes alheios ao movimento, pessoas que estavam contrárias ao movimento anti "ordem". Melhor se espelhar nesses...