quinta-feira, 20 de setembro de 2007

Depois do Prólogo da liberdade: quem sou eu?

Penso que, depois de tantas discussões sobre liberdade, precisamos saber: Quem são os promotores das metaphysical toys? Acho que os receptores dessas mensagens nem são apenas os próprios emissores: Há outras pessoas lendo nosso blog.

E aê surge a discussão: Como eu posso me descrever?
Eu. Eu tô descrevendo a mim mesmo, eu tô emitindo mensagens que falam de como eu sou. Num silogismo para vestibular, sou um função poética!
O que me caracteriza na aparência nesse momento que me descaracteriza em outros momentos: Meu cabelo black power.
O que me caracteriza sempre: Falo em grunidos.
O que me faz irritante: Busco teorias das ciências que me possibilitam um mínimo de esforços de classificação. Ciência e conhecimento são a mesma coisa. Direito e moral também. Beleza e justiça são finalidades de diferentes unidades (indíviduo, coletividade), mas que só podem ser compartilhadas por essas próprias unidades.

O que deve tá mais irritando o Nardi nesse momento: O alexandre tá levando esse blog a sério, assim como Dworkin faz com os direitos . Huahauhauha, piadinha tosca!.

PS: Amo todos vocês.
PS2: O amor é algo que ainda dá pra digivolver para... raio-chu!
Poeto porque poesia é rápida
Não cansa, todo mundo lê
E passo por artista quando escrevo
Mas o cinismo me impede à estética
Por isso que escrevo sem métrica e rima!

Risos de internet
Hahahah
Só para dizer, dizer, dizer...
Tô livre da métrica! Tô livre da rima!
Digo o que quero, e faço poesia.
Só me esqueço que ainda sou preso
Componho versos, e dô sentido ao que escrevo.
Eu ainda faço poesia.

terça-feira, 18 de setembro de 2007

MENELICK THE LEGEND

Eu nunca quis ser livre no sentido da falta de outras pessoas. descobri que a compra de um microondas, aparelho tão util para esquentar minha comida quando chego a noite depois da aula, não me trará mais felicidade. por que? porque a felicidade tá nos outros, tá em estar com os outros =)

Então se liberdade for ser só, eu prefiro não ser. Quero ser escravo, manipulado, touched by.
Mas eu quero reclamar da má escravidão, da má manipulação, do toque não-suave. E repensar o que é essa escravidão é quem me torna mais livre, se bem que um tapinha não dói. é gostoso demais!
:D

Alexandre em busca da poética perdida nos textos habermianos que ele nunca leu, apenas melenelou.

domingo, 16 de setembro de 2007

Conversa no MSN

Alexandre diz:
mlk, viu lah o que eu escrevi hoje?
Nardi diz:
eu to respondendo
Nardi diz:
um tanto quanto ridícula sua força de barra
Alexandre diz:
ah eh?
Nardi diz:
pq vc sabe muito bem que eu não quis dizer que a palavra liberdade ia se sentir aprisionada =P
Alexandre diz:
mas se eu restrinjo a palavra liberdade, isso por si soh nao quer dizer que eu to tornando algo menos livre
Alexandre diz:
:P
Nardi diz:
claro que sim
Nardi diz:
se vc restringe liberdade ao agir segundo normas
Nardi diz:
vc está restringindo a ação
Nardi diz:
logo, não é liberdade
Nardi diz:
liberdade para mim é semelhante a um imperativo categórico, um agir por agir, independentemente de consequencias
Nardi diz:
ou seja, liberdade é algo que se torna inviável
Nardi diz:
no convívio social
Alexandre diz:
yeah...
Restringir pode ser liberdade. Ao momento que estou definindo "o que é liberdade", faço restrinções a semântica da palavra, entro na metalinguagem para explicá-la. E isso é uma aparente restrinção, é determinado.

Mas qual seria o problema de restringi-la? Seria a palavra "liberdade" menos livre se eu defini-la como algo? Quem disse que ela se sente restrigida, quem disse que ela pensa?

Com isso, surge para mim aquelas definições bem bobas, que são as coisas e os sujeitos. Essa classificação de algo como coisa ou sujeito já foi bastante mutável, tanto é que um negro no século passado era coisa, hoje em dia é sujeito.

Eu posso colocar a palavra dentro de uma grade semântica, com sentidos bem delineados. Ela não será capaz de sair sozinha das grades, ela nem é capaz de conseguir sair das grades semânticas por si só. Ela é uma coisa, porque nem é possível deixar as grades que impus enquanto não existir outro sujeito que serre essas grades. E ela não tem consciência, ela é uma invenção, é inerte, é sem vida, nao age.

Sujeitos são capazes de redefinir as grades semânticas ou até mesmo desconstrui-las. E por isso que a liberdade tanto falada só pode ser imposta a sujeitos. Eles são capazes de agir, as coisas não. Assim, é banal dizer que nao podemos restringir os conteúdos de uma palavra porque não permitimos a liberdade, que isso é algo que contradiz a liberdade, já que não faz sentido formular normas para as palavras. Contradizer a liberdade é dizer que deve-se respeitar a sua conceituaçao de liberdade para os sujeitos.



DIREITO é NORMA!

Muitos vão discordar dessa minha noção de que o estudo do direito é através da norma, inclusive meu companheiro de bloggers D. Nardi ("D." é para indicar que você é um doutor?). Falar que Direito, como ciência, é o estudo da norma abre uma gama de possibilidade imensas e faz uma restrinção que possibilita um início de discussão.


O dogma é só uma forma de ponto de partida.