quarta-feira, 13 de fevereiro de 2008

Sadness was the best thing I could bring

Entrevista de estágio marcada para as 10h30, com um sono comum às pessoas que dormem tarde durante suas férias. O terno que foi usado somente em ocasiões especiais torna-se pesado e quente, a gravata é ajeitada diversas vezes, afinal de contas, foi seu pai quem fez o nó para você. E você vai lá, entra naquele prédio empresarial com diversas entradas, se perdendo lá dentro. Imenso é o tal do edifício Brasil XXI.

Chegando lá, uma moça bonita, loira, abre sorridente a porta de vidro ao apertar o interruptor. Você força um sorriso, porque você quer demonstrar simpatia também, e esconder muito seu nervosismo diante dela, mesmo que ela não seja a sua entrevistadora. Enfim...

Senta-se no sofá, observando uma obra de arte, as letras prateadas com o nome do escritório (sabia que a OAB em seu estatuo obriga que os escritórios tenham nomes comerciais na qual esteja o nome dos seus fundadores?), o tapete com motivos persas. Enquanto isso, fica observando o atendimeno cheio de polidez da secretária ao telefone, sempre utilizando aqueles dispositivos "Somente um instante, por favor", "Senhora" e "bom dias". Por mais que isso signifique muito pouco como algo verdadeiro, é bom se sentir bem tratado. Talvez por isso tenha dado mais valor aos bons tratamentos. So politicians, I think you better keep your distance...

E você quer fazer um "yes" com a secretária: Melhor ficar calado, mas invez de ficar com o olhar morto e para os cantos, é bom mostrar olhar penetrante, 11+ 32, 50 - 17, 43x1, 86 : 2....

Espera os 15 minutos usuais, pois você chegou cedo naquele dia, mas também espera os mais 20 minutos usuais, pelo atraso do entrevistador.

Entra na sala de reuniões e surpreende com não um entrevistador, mas dois. E surpreende-se ainda mais com o fato de seres duas mulheres, uma com cara de ser mais simpática do que a outra. O cumprimento baseia-se no "bom dia", "prazer em conhecer" e um aperto de mão.




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